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OS JOVENS TAMBÉM TÊM OPINIÃO SOBRE OS ASSUNTOS DO DIA-A-DIA, DO PAÍS E DO MUNDO! ESTE É O BLOG ONDE ESSA OPINIÃO CONTA. DÁ-NOS A TUA. SER JOVEM É UM ESTADO DE ESPÍRITO (e segundo a lei é dos 14 aos 30 xD)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

As intermitências da Vida



Bem, já foi apresentado aqui o tipo das terças, o das segundas e, hoje quarta, é o meu dia. O meu nome é João Miguel C. Pereirinha, sou natural de Vila Viçosa, tenho 18 anos, quase 19, signo leão e um apaixonado. E essa acho que é a palavra que mais me define em todos os aspectos.

Apaixonado por todos os projectos em que me coloco, por todas as coisas a que me dedico, tentando sempre superar-me a cada passo que dou na vida. Adoro escrever e para enriquecer a forma como escrevo leio também muito, por vezes tornando isso até num vício, passando desde o jornal diário, pelo livro de romance, ficção cientifica, filosofia até ao livro de psicologia, e claro está tenho um espaço muito especial para a literatura portuguesa e para os poemas do Fernando Pessoa, sendo este, para mim, um dos maiores génios a ter habitado no nosso mundo.

E isto só podia estar, obviamente, ligado a mais uma paixão minha: comunicação social/jornalismo. Adoro tudo o que tem a ver com isso, desde a escrita como já referi, aos vídeos, maioria deles feitos para este projecto e que podem acompanhar no youtube e no daylimotion, e à rádio, que deu origem a todo este projecto, que já se me vai escapando pelos dedos.

As minhas principais características, são a análise crítica que demonstro em relação a determinados assuntos que não ache bem esclarecidos, o empenho que tenho para com tudo, como já disse, apaixonado, o meu sentido democrático e afincadamente politico, o olho verde que até aos 12 anos todos julgavam ser azul e o levantar de sobrancelha (direita) em tom de interrogação p’ra quando não gosto ou me questiono sobre algum assunto. Adoro ser irónico, de dizer as coisas com certa delicadeza, gerindo-me sempre por princípios muito diplomáticos, e de ter alguma elegância nisso, pois, a ida à Lua não teria sido o mesmo se Armstrong não a tivesse completado com a sua magnífica frase.

Apologista de que é nas coisas mais simples que estão escondidas as coisas mais lindas da vida, o meu principal defeito é fazer sempre tudo na maior das inocências e poucas vezes ver mal nas pessoas, enfim… podem esperar de mim o melhor que sei, desde os poemas, as crónicas, rábulas ou contos, passando pelas análises políticas e textos muito compridos. (nota-se)

As intermitências da Vida!

E naquele dia ninguém morreu naquela aldeia…” é assim que começa o romance de José Saramago As intermitências de morte onde ele aborda as problemáticas em redor da morte, em particular o problema que seria se os seres humanos deixassem de morrer… bem, ainda não li o livro por completo, não consegui, entretanto tive, digamos, mais que fazer. Mas a minha primeira analise é que: a morte também faz parte.

Ah aquela coisa de que “o sonho comanda a vida” é muito bonito, em parte verdade, mas também é verdade de que se não soubéssemos da nossa finitude nada disto seria assim. Primeiro que tudo, tal não seria a seca de viver para sempre, pensem bem, envelhecer e não morrer; começarmo-nos a esquecer das coisas todas passadas há séc. atrás; as relações afectuosas nunca mais seriam o mesmo (a miúda referida no post do André não podia já desejar morrer, ao menos isso), os casamentos começavam mesmo a ser para sempre; nunca nos lívrariamos dos nossos inimigos de facto; o mundo ficaria sobrelotado, os chineses teriam mesmo que povoar Marte, Júpiter, Saturno, ok, o melhor seria procurarem mesmo qualquer coisa fora da via láctea; entrávamos numa crise maior do que a de hoje com a falência das agências funerárias; os hospitais deixavam de fazer qualquer tipo de sentido; a gripe A/ h1n1/ suína deixaria de aparecer nos noticiários; os assaltantes todos do mundo e psicopatas perdiam o “emprego”, não podiam assaltar ameaçando-nos de morte, mas também não podiam ser condenados à pena de morte; saiam de roda uns poucos de debates como a morte medicamente assistida, eutanásia; e os suicidas passavam só a ser malucos e lá se acabavam os atentados terroristas e a guerra entre Israel e a Palestina e um homem quando tivesse farto disto tudo não se podia simplesmente matar; com isto tudo também todas as religiões, praticamente todas baseadas hoje em dia apenas e unicamente sobre o mistério pós morte, pois a quase todos os outros a ciência se não deu resposta, em parte, desfez ou desacreditou a resposta religiosa, desapareceriam, lá se iam as peregrinações a Fátima, esta que acho que já devia ser desporto olímpico, e os cemitérios passavam a ser parques temáticos.

Bem, não, acho que isto de não morrer tirava o sabor à coisa. Pois, porque se formos a ver, a nossa vida, gira um pouco, muito, em torno do facto de sabermos que esta é finita. É por isso que estabelecemos metas em torno da idade, gerimos o tempo, temos certos cuidados, acreditamos em crenças e temos fé, enfim, é desde que sabemos que não somos infinitos que nos começámos a preocupar com o dia de amanhã, com o melhorar as condições de vida, com o evoluir. Pois uma coisa é morrer só mais tarde, outra totalmente diferente é saber, despreocupadamente, que não vamos morrer. Se assim fosse para quê apressarmo-nos em fazer fosse o que fosse, se não fizer isto hoje faço amanhã, ou depois de amanhã, ou depois de depois de amanhã, etc.… seria talvez um mundo com muito menos princípios, e espaço de certeza, que o de hoje, e tudo se tornaria muito mais banal do que já é.

Seria um pouco como se só houvesse dia e a noite deixasse de existir, como se fossemos ver o Tom&Jerry e só houvesse Tom, já para não falar no facto que se iriam acabar os notários e as heranças chorudas dos papás e ao mesmo tempo seriamos nós (mais novos) a trabalhar pra um sem fim de reformados.

Afinal, acho que, se o sonho comanda a vida, o sonho é, em grande parte, comandado pelo mistério da morte e o medo que temos deste, que funciona um pouco como motor da nossa sociedade, de avanços e recuos e em constante renovação. E depois da morte? Não sei, não sei se reencarnamos ou se existe alguma espécie de paraíso com Jesus Cristo sentado à direita do Pai ou um Inferno em chamas com um Demónio cornudo a chefiar as hostes, mas se assim é, vá eu para onde for só gostaria de ser recebido com duas palavras: Bar Aberto!

6 comentários:

Daniela Ermitão disse...

Como sempre, fantástico. João Pereirinha é um dos meus escritores preferidos, desde que o conheço. Enfim...
Quanto ao tema, muito bem escolhido. Gostei sobretudo de quanto dizes que sem a morte, poderíamos deixar de fazer as coisas de hoje para as fazer-mos amanhã, depois de amanhã, ou ainda depois... E acabaste da melhor maneira, como um que pode ser um tema abordado aqui no Fórum Jovem, que é a vida depois da morte, que acho que ainda interroga muita gente. (:
Beijinhos do lado feminino do Fórum Jovem x)

Mateus disse...

Bem... Para comentar este post como deve ser, tinha de fazer um texto tão grande como o João fez... por isso vou tentar resumir:

-Excelente questão "psico-socio-filo-teo-cultural" (abrange quase todos os tema gerais que me elmbro de momento)

-A única solução que vejo para esse mar de pessoas não mortas, era quando atingissem uma certa idade, eram postas numa liquidificadora gigante e faziam como fazem à fruta naquele anuncio das televendas! Depois era só espalhar esse "sumo humano" pela terra para a fertilizar e ficavamos a viver com a natureza!!


Abraços, Mateus Serra - O Gajo das Terças

Mateus disse...

Quase que me esquecia! ... Diz-se que no Inferno as festas são melhores!!!! A mim Não me enganam! É para lá que eu vou!!!

Underworld disse...

O assunto abordado, é sem duvida, bastante bom, mas há certos aspectos que fazem questionar me, as pessoas têm medo da sua morte, ou de perderem as pessoas que gostam?, acho que o que doi na morte, é perdemos para sempre aquelas pessoas que nos sao tao importantes, de um momento para o outro nao passarem de recordaçoes, isso sim é duro, só poder ver o sorriso daquela pessoa que gostamos nas recordaçoes!
E quanto, a nao haver hospitais, se uma pessoa passa-se a ser imortal, bem, acho que os hospitais existiriam, mas com funções psicologicas, a vida fisica nao está ligada á dor psicologica.
As pessoas iam poder morrer de qualquer forma, nao fisicamente, mas de que serve um corpo, quando a alma que o habita perdeu a vida fulgurante, acho que isso se pode chamar de morte, nao?
Pergunto me se as pessoas se tornassem imortais, nao inventariam algo que as amendrontassem, afinal vivemos num mundo sadico, e mesmo que nunca fossemos morrer, podiamos sofrer.
Uma vida de dor seria sinonimo de morte?
E quanto ao sonho comandar a vida, nao concordo, há tanta gente que deambula por este mundo afora sem saber o que quer, vive, por viver, e nao na espectativa de concretizar sonhos.
Bom post :)

Mafalda disse...

Tema muito interessante este. Penso que toda a gente, nos dias de hoje, se continua a interrogar sobre o que acontece quando o corpo perde a vida, a realidade é que continua a ser um mistério.
Nada do que conhecemos hoje faria sentido se a vida fosse infinita, pois delineamos objectivos de vida, somos movidos pelo que nos fascina e pelo que sonhamos. Como disseste, deixaríamos para amanha coisas que poderíamos fazer hoje e não aproveitaríamos cada dia da melhor forma ( se bem que mesmo sendo assim muitas vezes isso não acontece).
Quanto às pessoas que não têm sonhos e que deambulam, pois na minha opinião elas não vivem, porque deambular não é exactamente viver no sentido literal da palavra.
A morte é entao algo "essencial e indispensável" na vida para que esta possa ser valorizada e considerada vida.

beijinho ^^

André P. disse...

Grande tema, sim senhor João!

Viver eternamente... ou não?

Dá que pensar... E digo isto porque? Claro, "longe da morte", toda a gente tem a mesma opinião... não faz sentido viver para sempre, porque assim Hitler teria sido boa pessoa e as pessoas não tinham este repentino amor por Michael Jackson (grande cantor/dançarino, sim... mas dá-me graça a "falsidade" das pessoas que DE REPENTE ficam um tanto quanto sentimentalistas pelo facto do MJ ter falecido e então não fazem mais nada para alem de ouvir as musicas dele e comprar albuns que antes diziam "maus" e amam o homem que há anos chamavam de pedofilo... etc... mas isto é off-topic! passemos ao tema original! lool)...
O que reparo é que (quase) toda a gente, em situação de pré-morte ou ameaça de morte pede pela vida... Isto pode ser explicado facilmente com o comentário do(a) Metamorfose... mas será apenas o medo de perdermos as pessoas de quem gostamos?? Não sei... a minha opinião é que no nosso subconsciente temos sempre aquela vontade enorme de viver e não morrer... E essa revela-se apenas num situação de stress em que não somos capazes de controlar a nossa consciencia... É apenas um dos lados de ver as coisas...

Beijinhos e Abraços,
André