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terça-feira, 13 de abril de 2010

"Palavra de Médico" !!!

Boas, pessoas. Há algum tempo que não escrevia. A falta de tempo propriamente misturada com outros projectos pelo meio são os culpados. Mas bem hoje não podia de deixar aqui um desabafo.
Pois, ontem estive a ver o Prós e Contras na RTP, onde o tema foi precisamente o polémico encerramento de alguns "SAP", e onde estava em foco o encerramento nocturno do SAP de Valença. 

Aquela discussão, ou debate, foi mais uma comédia do que outra coisa. Mas entre as muitas barbaridades e idiotices que foram ditas eu gostava de partilhar com vocês uma do Bastonário da Ordem dos Médicos, dita mesmo lá pró fim (é mesmo verdade aquela coisa de que se guarda sempre o melhor para o fim.)

Bem, o discurso de encerramento desse senhor foi precisamente o de que, apoiando-se nos números, "em 1960 tínhamos um médico para cerca de duas mil pessoas, (...) em 1995 um médico para cada seiscentas pessoas (...) e em dois mil e oito temos um médico para cada duzentas e cinquenta pessoas", o que segundo a perspectiva dele, e por "termos dez mil alunos de medicina actualmente" , dentro em breve "teremos excesso de médicos em Portugal."

Com isto o senhor quis dar a entender, e explicou, que a qualidade dos médicos diminuiria de certo modo. Mas eu não percebi bem como. Porque na minha óptica de visão (mas eu não sou ninguém, muito menos um Bastonário seja do que for) quando maior a concorrência, melhor o nível de qualidade, pois só os melhores terão assim oportunidades...

Mas o mesmo senhor que falou disto eu gostava de o ter era ouvido falar também dos milhares de médicos que se reformaram este ano, porque acharam atractivo; dos Hospitais, como de Portalegre, que têm um único cardiologista para todo o distrito; e ainda gostava que ele falasse da falta de médicos que existe para colmatar os fins-de-semana (onde se morre o triplo ou mais que durante a semana), para substituir de dia os médicos que fizeram banco à noite ou para trocar de turno pelo menos de oito em oito horas; para que não haja médicos a fazer banco oito horas, depois serem chamados para uma operação de emergência e quando dão pela hora já são horas do novo turno e com isto andam a atender pacientes com uma directa em cima.
Ou então que falasse da falta de médicos de especialidade, para que não andem pessoas a morrer por causa disso nos dias de semana e muito mais nos fins-de-semana.

Gostava que esse senhor, em vez de dizer o que disse, que me explicasse (a mim e a todos), porque é que em Portugal nos contentamos com um sistema de saúde mediocre a nível europeu e não queremos um BOM serviço pelo menos.

Mas eu até acho que sei porquê. Talvez seja porque hoje um médico de clínica geral seja pago a preço de outro; com especialidade é mais caro que o gasóleo e só com dois anos de trabalho são capazes de ganhar mais do que um trabalhador normal toda a vida, isto para não falar dos contractos com as farmacêuticas e etc. Depois a crise aperta e eles reformam-se.

Só gostava de saber, e perdoem-me os da área que discordam, porque é que parecem ser a única área laboral (bem os professores também) que não gostam de concorrência! Mas tass bem, eles é que são os "Doutores"...

1 comentário:

Maria Grego Esteves disse...

Achei interessante!

No entanto, quanto aos médicos e aos professores não gostarem de concorrência, não estou de acordo.
É que com a falta de médicos que existe, se algum dia vier a haver concorrência entre eles será daqui a 20 anos! O que me leva a pensar que, talvez, não estejam assim muito preocupados com a concorrência.
Quanto aos professores é exactamente o contrário. Existe excesso de professores! Mas também não acho que haja concorrência, porque os professores são contratados com base nos anos de serviço e, agora, na avaliação de duas ou três aulas.

É o que eu acho, mas também “não sou ninguém nem Bastonária de coisa nenhuma”.