Gafes da televisão: tratar as coisas pelos nomes! III

Mais do mesmo.

Agora em relação ao desemprego, isto até dá outra crónica à parte, bem merecida. Mas por agora só falar de um grande insólito que se passou entre dia 16 de Março e dia 18 de Março. Foi o seguinte. No dia 16, terça-feira, comprei o jornal e vinha na capa uma notícia referente a doze mil (12 mil) empregos que ninguém queria, e vai no dia 18, na tv, já diziam que havia dezanove mil (19mil) empregos que ninguém queria… Wow… «talvez a economia não esteja assim tão mal como dizem…» foi logo o que eu pensei.

De facto, se houvesse rectidão, veracidade e rigor na informação, com esta notícia tínhamos ficado a saber que em Portugal somos capazes de criar 7mil empregos em três dias. Mentira!!! Simplesmente temos falta de rigor na informação, o que é pena e é pena também que os ditos 12mil (verídicos ou não) sejam empregos de m***a, e ninguém os queira.

Mas mesmo assim, há coisas que podemos descortinar e perceber melhor para além dos títulos de manchete pejorativos. De facto ninguém quer esses empregos, ou pouca gente, mas com uma razão de ser. Primeiro porque toda e qualquer boa gente que tenha formação está muito mais interessada de um emprego na sua área que noutra qualquer; depois porque quem auferia um salário de seiscentos ou mil euros tem hoje um subsidio de desemprego superior aos trezentos (300) ou quatrocentos (400) que eles oferecem em trabalhos muito mais pesados fisicamente que outros mais bem remunerados; depois o facto de continuarmos a receber todos os dias emigrantes que vêm pra cá para tudo menos para trabalhar, sendo actualmente um entrave aos que querem trabalhar e um peso aos que lhes pagam para não trabalhar: o estado. Mas isto, eles não explicam!

Pois, não é xenofobia, simplesmente a verdade, que muitos estrangeiros que para cá vêm, ou roubam oportunidades de trabalho por oferecerem serviços deslealmente mais baratos, ou passam a vida a gozar dos subsídios de desemprego pra eles, escolares prós filhos, de casas oferecidas pelos municípios, enfim… e nós é que somos os malandros (como muito “bom” jornalista dá a entender em vez de ele mesmo se dar ao trabalho de verificar fontes e dados das coisas)!!!??

Não me interpretem mal, nem me associem a nenhum movimento de extrema-direita, mas, em nenhum país de mundo, e muito menos com a crise actual, se toleram emigrantes que não venham para turismo ou para trabalhar, em duas palavras: gerar riqueza! No resto do mundo vê-se constantemente emigrantes que não têm emprego, nem tenções de arranjar um, serem repatriados para os seus países de origem. Como aconteceu com portugueses nos EUA, Canadá, etc.

Mas nós não… por alguma coisa somos o segundo melhor país para a emigração, do mundo… ora, toda a gente pode entrar, ver e sentar, o resto aparece do nada. E isto de certo só pode ser gafe, grelha ou paneleirice (ou tudo ao mesmo tempo) da classe política em tomar medidas que protejam de facto a sociedade.

Pronto, e foi tudo por hoje. Eu cá como não sou emigrante tenho que ir tirar umas bicas para ver se pago o meu curso, para depois ter que imigrar para um outro país mais desenvolvido e lá TRABALHAR na minha área.