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OS JOVENS TAMBÉM TÊM OPINIÃO SOBRE OS ASSUNTOS DO DIA-A-DIA, DO PAÍS E DO MUNDO! ESTE É O BLOG ONDE ESSA OPINIÃO CONTA. DÁ-NOS A TUA. SER JOVEM É UM ESTADO DE ESPÍRITO (e segundo a lei é dos 14 aos 30 xD)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Asfixia Democrática?


Bem, já há umas semanas que tinha este tema como que preparado, mas não tenho conseguido postar e desde já as minhas sinceras desculpas. Há duas semanas porque fui matricular-me a Almada e esta semana passada porque fui à primeira aula que tive em Almada e das duas vezes só cheguei a casa, inesperadamente depois da meia-noite.
 Bem, temos ouvido, constantemente na televisão e pela boca dos candidatos a primeiro-ministro, esta expressão da “asfixia democrática”. E a oposição do actual governo tem utilizado isto como mote à governação dos últimos quatro anos e meio, mediando-se de meios e casos pessoais e mal explicados como pretexto para mais uma charada política. Acho vergonhosa esta forma de fazer política, por tudo e mais alguma coisa. Pois ninguém percebe de facto o que se anda a passar, pois a única coisa que vejo neste momento no meu país é um Presidente da República que todos têm medo de criticar, que diz o que lhe apetece, aparentemente tem fundamentos partidários e mostra-o nas suas acções, deixa a fogueira arder em plena campanha eleitoral e a não faz nada, a não ser queimar este e aquele ao mesmo tempo. Primeiro queima o PS ao deixar correr o mote das “escutas” e depois queima o PSD ao demitir o assessor da comunicação social. E o engraçado é que, aqueles que primeiro pegaram o no caso e se serviram dele para justificar os seus argumentos de repressão são os mesmo que agora “gritam”que não se podem desde já tirar ilações precipitadas. Bem, até aqui parece que nem precisam de ler este post, basta ver o Gato Fedorento na SIC todos os dias para nos rirmos um pouco disto, que, se não fosse verdade, até tinha mesmo piada.
A verdade é que, até ao momento ainda ando a perceber porque é que esta gente pensa que descobriu a pólvora debaixo de água. Não percebo qual é a deles de andarem a dizer que somos um país onde as pessoas têm medo de falar em detrimento de perderem os seus postos de trabalho se ainda há meses diziam que este tinha sido o governo com mais manifestações, greves ou até com as maiores manifestações de sempre, lembrando agora aqui o caso dos professores que batem o pé ao modelo de avaliação tentando assim, na verdade e já o ouvi da boca de muitos, não ser avaliados. A pergunta que eu faço é: há algum lugar do mundo onde isto não seja assim, quer dizer, que as pessoas não tenham medo de se manifestar em detrimento de perderem os seus postos de trabalho ou com medo de serem prejudicadas na sua área profissional? Quer dizer, há, mas só conheço um ou dois países, e por cá, lembra-me a história, sempre foi assim.
Acho que essa é a verdade. Porque não precisa vir agora nenhum partido, com a mania de que é mais esperto que os outros, atirar areia para a cara do pobre ou do “povinho” e dizer: que agora é que somos todos achincalhados e coitadinhos, todos nós andamos de boca fechada e amordaçada pra não falar, de cruz suástica no braço e um homem atrás de cada jornalista com um lápis azul na mão. Porque a verdade é que nós, portugueses, somos um povo de mariquinhas e bufos, sempre o fomos e duvido que isto mude.
Há anos que as lutas autárquicas se fazem entre o candidato que mais electrodomésticos oferece e aquele que mais empregos dá na família durante os próximos dois anos e, lamento dizê-lo, as pessoas sempre foram assim, “deixa lá ir dar aqui um presuntinho ao presidente da junta a ver se ele não me chumba ali aquele projecto”, e no fundo ninguém é capaz de defender os seus ideais. Não foi este governo que meteu esta política, tenho vergonha de o dizer, mas é verdade, somos o país das cunhas e dos bem parecer e depois ninguém é capaz de defender uma posição e dizer “NÃO! Eu isto não faço mesmo que seja despedido, mas isto é contra os meus princípios, não faço!” ninguém, ou muito pouca gente é capaz de seguir esta política, e acho que isso até já no jornalismo é assim, ou pelo menos parece sê-lo.
Os chefes de redacção decidem o que há-de ir para o ar e quem o fará e quem não o fizer pode encostar às boxes que há muitos que o podem fazer. Depois ligamos a tv e em vez de uma informação imparcial temos uma análise política feita logo nos títulos das notícias.
Porque começamos a ser como a sociedade americana, uma sociedade que é mediada pela política do medo, onde a toda a hora estão a ser noticiados assaltos, homicídios, cometidos por pessoas de etnia hispânica ou africana, resultado: uma sociedade racista e xenófoba a todos os níveis.
Consultem a imagem:


in http://nporca.blogspot.com

E é isto que eu peço às camadas mais jovens, mesmo os da minha idade, que já podem votar, não sejam assim. Não se deixem levar por este clima. Só isso, defendam as vossas convicções e sejam objectivos, não sejam só por ser, não digam só por dizer e por favor imponham-se. Houve um país onde os Nazis não conseguiram prender os judeus, porque na altura em que foi ordenada a colocação da cruz suástica no braço de todos os judeus esse país uniu-se e no dia seguinte ninguém saiu vestido com a cruz, todos defenderam a sua posição e essa lei nunca foi implementada de facto. É um Portugal assim que eu quero daqui a cinquenta anos, de pessoas que não se vendem ou cedem com disto ou daquilo, mas sim uma sociedade que lute por isto ou por aquilo.
Actualmente vejo também, muita gente guiada pelas modas, e vejo muitos jovens a afirmarem-se comunistas e etc., porque é moda, porque os outros são, porque sim, enfim, o que vos peço é que sejam conscientes das orientações que escolhem. Primeiro que tudo a politica, embora em Portugal pareça, não é uma brincadeira, é a vida de todos nós, é a arte de reger o bem público, e é preciso ser sensato nisso. Atenção e eu não tenho nada contra os comunistas, não, não sou Cubano nem Chinês, por isso é na boa ;)

Até para a semana, não sei se me consegui exprimir, mas pronto,
João Pereirinha

1 comentário:

Raquel Figueiredo disse...

Como sempre, parabéns está um optimo post João.
Antes de mais, devo dizer que concordo totalmente com o que disseste acerca de infelizmente nos dias que correm existirem poucas pessoas a serem fiés a sí mesmas e as suas convicções, e com muita pena minha são mesmo poucos os que dizem 'NÃO' a alguma coisa que englobe a palavra 'facilidade'. Hoje em dia vivemos á base de um 'oh eu não concordo com nada do que dizes, mas se não tiver que me mexer, está optimo' o que é degradante, com toda a evolução que supostamente devia abranger não só estilos de vida, opções mas MENTALIDADES, no verdadeiro sentido da palavra.
Quanto á parte dos meios de comunicação, juro que me ri á grande com a cena que puseste aqui, como somos um país onde quase ninguém planeia impor, ou melhorar as coisas, é bom assustar pessoas não só porque dá audiências mas também porque assim podemos dizer que não se faz porque 'se tem medo de'.
E é tudo.

beijinhos *