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Pois é, o artigo de ontem, do Mateus Serra sobre a capa da Maya na FHM, e mais uma ou outra coisa que folheei hoje por alto juntando às noticias que vamos vendo hoje em dia inspirou-me para o assunto que sobre o qual vou falar hoje.
Isto porque a “senhora dona” Maya, uma senhora foi durante 20 anos professora de primeiro ciclo, há uns anos para cá desde que começou a ler cartas para uma coluna do jornal “Público” passou também a ser, com o programa “Sic 10Horas”, uma coscuvilheira de marca deste nosso Portugal que está por aí cheio deles em todo o lado.
Mas antes que me “perca” (como me disseram já há uns dias) vamos ver o que é um coscuvilheiro, e a minha definição para isso é: Uma pessoa que não deve ter uma vida muito interessante, porque se preocupa mais com a dos outros do que com a sua; alguém que não perde oportunidade para fazer ou ouvir uma boa fofoca, não vacilando na primeira hipótese que tem para a difundir, sem mau fundo no entanto, mas que muda de opinião muito frequentemente, conforme as pessoas com quem conversa; Detesta ficar mal na fotografia e é capaz de meter conversa com qualquer pessoa, mesmo no elevador quando este vai só até ao 1º andar; uma pessoa com uma imaginação muito desenvolvida e com grandes aptidões para o croché e tricô. Pronto é mais ou menos o que eu acho que seja um cusco…
Reflectindo nisto um pouco lembro-me frequentemente da minha vizinha, que deve ser igual a tantas outras por esse país fora ou até mundo, mas que se diferencia por ser minha, que levanta um pouco as persianas da cozinha sempre que alguém entra ou sai do prédio. E eu, deste lado, sendo observado por ela, imagino o seu quartel-general, instalado na cozinha, com um bloco de notas na mão e uns binóculos ao pescoço, monitorizando todos os movimentos do bairro e colocando anotações nas portas do frigorífico. Pois, porque se há de facto alguém que sabe mais da vida de toda a gente das redondezas (às vezes melhor que as próprias pessoas) é ela de facto a fiel depositária dos segredos mais escondidos desta zona, tenho a certeza.
Porém, pensando nisso, e no que acabo de escrever, começo a questionar-me até que ponto a coscuvilhice não nos está entranhada nos genes. Pois eu, tal como a minha vizinha, a conjecturar neste momento sobre a sua forma de vida estou de facto também eu a ser um pouco cusco. De facto até que ponto vivemos nós as vidas dos outros; até que ponto nos tornamos mentirosos ao dizer que não lemos revistas sociais quando estas, sem contar com a tv, representam mais de um milhão de cópias vendidas por semana; de facto, desde que sei de um jogo chamado “The SIMS” acho que a coscuvilhice nos está mesmo entranhada e a isso junto só alguns casos de sucesso como os realityShows, séries como Donas de Casa Desesperadas ou Sexo e a Cidade, etc. No fundo acabamos todos por ser voyeurs.
E como diz Maria do Céu Guerra (actriz e encenadora) “O que seria de nós, seres da ficção, se não e existisse a coscuvilhice? Acho que a coscuvilhice é a base da literatura”, o que me leva também a citar aqui outro eterno Jovem que diz, e acho que com toda a razão, que “a coscuvilhice é uma investigação sem estudos, pouco formativa. Às vezes é através da coscuvilhice que se descobre os crimes mais educados. Pode ser um instrumento de trabalho precioso para fazer humor”, Fernando Alvim.
Na realidade só acabam por existir duas coisas que nos incomodam na cusquice: quando falam da nossa vida; e as intermináveis “figuras” (como Maya, que se acha uma opinion maker) com que temos que levar sempre que ligamos a TV num qualquer canal de manhã ou de tarde. Ainda hoje, o tema principal do programa da manhã da SIC (05.08.2009) era sobre a vida privada entre a Luciana Abreu (ex-Floribela) e o futebolista Yannick Djaló, e esta falava abertamente da sua vida sem qualquer tipo de pudor à vista, o negócio de que muitos fazem vida, e quando falo de muitos posso até fazer uma “pequena lista” para depois pesquisarem, se quiserem: Abel Dias; Carlos Castro; Nuno Eiró; Duarte Siopa; Lili Caneças; Marta Cardoso; Cláudio Ramos; Alexandra Fernandes; Maya; Daniel Nascimento; Cinha Jardim; João Malheiro; etc…
E para pensar deixo-vos os números:
200.000.000 usuários activos do Facebook.
+ 20.000.000 de usuários actualizam os seus dados pelo menos uma vez por dia;
+ 100 milhões de usuários entram no Facebook, pelo menos uma vez por dia;
Paulo Querido tem mais de 1000 amigos, David Fonseca tem 4000 e Fernando Alvim 3800;
10.816 pessoas seguem Nuno Markl no Twitter;
7.882 pessoas seguem Bruno Nogueira no Twitter;
5.905 pessoas seguem Fernando Alvim no Twitter;
43% dos utilizadores do hi5 têm entre 15 e 24 anos;
No 4º trimestre de 2008 os tops de vendas foram de 206204 exemplares de “Maria”, 179538 “tv7 Dias”, 127904 “Nova Gente”, 117923 “TV Guia”, 89484 “Caras”, 87721 “TV Mais”, 85635 “Telenovelas”, 62560 “Lux”, 47374 “Ana” e 36794 “flash”…
1114258 é a soma da circulação média semanal destas 13 revistas;
50.000€ foi o quanto pagou uma revista por uma foto do filho de Isabel Figueira, tendo o dinheiro sido doado a uma instituição de protecção animal.
Isto porque a “senhora dona” Maya, uma senhora foi durante 20 anos professora de primeiro ciclo, há uns anos para cá desde que começou a ler cartas para uma coluna do jornal “Público” passou também a ser, com o programa “Sic 10Horas”, uma coscuvilheira de marca deste nosso Portugal que está por aí cheio deles em todo o lado.
Mas antes que me “perca” (como me disseram já há uns dias) vamos ver o que é um coscuvilheiro, e a minha definição para isso é: Uma pessoa que não deve ter uma vida muito interessante, porque se preocupa mais com a dos outros do que com a sua; alguém que não perde oportunidade para fazer ou ouvir uma boa fofoca, não vacilando na primeira hipótese que tem para a difundir, sem mau fundo no entanto, mas que muda de opinião muito frequentemente, conforme as pessoas com quem conversa; Detesta ficar mal na fotografia e é capaz de meter conversa com qualquer pessoa, mesmo no elevador quando este vai só até ao 1º andar; uma pessoa com uma imaginação muito desenvolvida e com grandes aptidões para o croché e tricô. Pronto é mais ou menos o que eu acho que seja um cusco…
Reflectindo nisto um pouco lembro-me frequentemente da minha vizinha, que deve ser igual a tantas outras por esse país fora ou até mundo, mas que se diferencia por ser minha, que levanta um pouco as persianas da cozinha sempre que alguém entra ou sai do prédio. E eu, deste lado, sendo observado por ela, imagino o seu quartel-general, instalado na cozinha, com um bloco de notas na mão e uns binóculos ao pescoço, monitorizando todos os movimentos do bairro e colocando anotações nas portas do frigorífico. Pois, porque se há de facto alguém que sabe mais da vida de toda a gente das redondezas (às vezes melhor que as próprias pessoas) é ela de facto a fiel depositária dos segredos mais escondidos desta zona, tenho a certeza.
Porém, pensando nisso, e no que acabo de escrever, começo a questionar-me até que ponto a coscuvilhice não nos está entranhada nos genes. Pois eu, tal como a minha vizinha, a conjecturar neste momento sobre a sua forma de vida estou de facto também eu a ser um pouco cusco. De facto até que ponto vivemos nós as vidas dos outros; até que ponto nos tornamos mentirosos ao dizer que não lemos revistas sociais quando estas, sem contar com a tv, representam mais de um milhão de cópias vendidas por semana; de facto, desde que sei de um jogo chamado “The SIMS” acho que a coscuvilhice nos está mesmo entranhada e a isso junto só alguns casos de sucesso como os realityShows, séries como Donas de Casa Desesperadas ou Sexo e a Cidade, etc. No fundo acabamos todos por ser voyeurs.
E como diz Maria do Céu Guerra (actriz e encenadora) “O que seria de nós, seres da ficção, se não e existisse a coscuvilhice? Acho que a coscuvilhice é a base da literatura”, o que me leva também a citar aqui outro eterno Jovem que diz, e acho que com toda a razão, que “a coscuvilhice é uma investigação sem estudos, pouco formativa. Às vezes é através da coscuvilhice que se descobre os crimes mais educados. Pode ser um instrumento de trabalho precioso para fazer humor”, Fernando Alvim.
Na realidade só acabam por existir duas coisas que nos incomodam na cusquice: quando falam da nossa vida; e as intermináveis “figuras” (como Maya, que se acha uma opinion maker) com que temos que levar sempre que ligamos a TV num qualquer canal de manhã ou de tarde. Ainda hoje, o tema principal do programa da manhã da SIC (05.08.2009) era sobre a vida privada entre a Luciana Abreu (ex-Floribela) e o futebolista Yannick Djaló, e esta falava abertamente da sua vida sem qualquer tipo de pudor à vista, o negócio de que muitos fazem vida, e quando falo de muitos posso até fazer uma “pequena lista” para depois pesquisarem, se quiserem: Abel Dias; Carlos Castro; Nuno Eiró; Duarte Siopa; Lili Caneças; Marta Cardoso; Cláudio Ramos; Alexandra Fernandes; Maya; Daniel Nascimento; Cinha Jardim; João Malheiro; etc…
E para pensar deixo-vos os números:
200.000.000 usuários activos do Facebook.
+ 20.000.000 de usuários actualizam os seus dados pelo menos uma vez por dia;
+ 100 milhões de usuários entram no Facebook, pelo menos uma vez por dia;
Paulo Querido tem mais de 1000 amigos, David Fonseca tem 4000 e Fernando Alvim 3800;
10.816 pessoas seguem Nuno Markl no Twitter;
7.882 pessoas seguem Bruno Nogueira no Twitter;
5.905 pessoas seguem Fernando Alvim no Twitter;
43% dos utilizadores do hi5 têm entre 15 e 24 anos;
No 4º trimestre de 2008 os tops de vendas foram de 206204 exemplares de “Maria”, 179538 “tv7 Dias”, 127904 “Nova Gente”, 117923 “TV Guia”, 89484 “Caras”, 87721 “TV Mais”, 85635 “Telenovelas”, 62560 “Lux”, 47374 “Ana” e 36794 “flash”…
1114258 é a soma da circulação média semanal destas 13 revistas;
50.000€ foi o quanto pagou uma revista por uma foto do filho de Isabel Figueira, tendo o dinheiro sido doado a uma instituição de protecção animal.
3 comentários:
Muito bem, Sr. Pereirinha. Grande tema, bastante interessante. Em relação às vizinhas coscuvilheiras, acho que toda a gente as tem, inclusive eu x) Mas é óbvio que também fazem falta quando não é em excesso. Que seria de uma revista cor de rosa sem pessoas que se metem na vida dos outros? Entre outros exemplos... Achei muito positivo o facto destes números aqui estarem, que são elevasíssimos. ahhaha muito bem, sempre muito argumentativo e crítico. :DD
Beijinhos da cara mais jovem e feminina das 5ªs :D
Ainda há pouco tempo comentei por aí o nível medíocre do suposto "jet7" português, digo "jet7" a alta sociedade... enquanto que nos outros países podemos ver pessoas que realmente merecem esse estatuto, tipo actores, pessoas realmente ricas e excentricas, etc... em Portugal podemos ver o quê? Cláudio Ramos? Lili Caneças? Ah, esperem... o gajo aquele que comenta nas tardes da Julia ou assim, Daniel, ou uma cena do género...? É isso? É que dá-me pena, mesmo MUITA pena! Porque a unica coisa que sabem fazer é atacarem-se uns aos outros... lol! Quanto às pessoas que mudam de opinião dependendo de com quem se dão... tens o belo exemplo da floribela... que disse que nunca ia posar nua para uma revista em respeito às "criancinhas" mas quando o dinheiro deixou de chegar à conta bancária vestiu logo um fio dental e uma mini saia... Ah, mas pediu desculpas às mesmas, LOL... Hipócrisia, diga-se! :P
Mas pronto, é por essas e por outras que não vejo televisão nacional há uns bons 4 meses... (sem ser o telejornal... e que tambem já não se vai safando)
Abraços e Beijinhos,
André
menino joao. tive esta semana ausente,daí a falta de um comentario meu nesta quarta-feira.
tenho a dizer-te que muita e boa gente devia ler este post, principalmente a primeira parte.
em relaçao ao resto do post, digo-te o que a minha professora de filosofia sempre disse e eu sempre concordei com ela, todos os programas que falaste e revistas, sao pura pornografia.
beijinhos
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